quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ah! O Verão em Rio Grande!

Ah! Como Rio Grande é linda no verão! As tardes ensolaradas, a leve brisa – que por vezes vem do mar, por vezes da Laguna – que conforta e refresca, as ruas antigas do centro bordadas com flores e arbustos, o Canalete florido exalando um cheiro de... cocô de cachorro!

Sim, riograndinos! Cocô de cachorro estraga as minhas caminhadas vespertinas e me faz ficar cada vez mais decepcionado com os donos de cachorro dos arredores do Canalete. É impressionante a quantidade de pessoas que saem com seus canídeos a passear, deixa-os fazer cocô em via pública e não recolhe os dejetos. É como se fosse obrigação de todos suportar os excrementos de seus animais. E fazem isto sem o menor constrangimento.

Outro dia, caminhava pelo Canalete – como faço todos os dias – e vi um senhor caminhando com seu labrador preto (dono e cachorro um pouco acima do peso, mais ou menos como eu). Passei por eles no exato instante em que o cachorro terminava sua “obra”, bem na frente da 1ª Igreja Batista. Perguntei “O senhor não vai recolher o cocô de seu cachorro?”, ao que ele respondeu “Depois eu passo aqui e pego!” – aham! Claro! Como se eu fosse idiota ao ponto de acreditar! – Fiz uma cara de decepção e disse que ele devia ter vergonha de fazer isto com uma cidade tão bonita.

Dei-me ao trabalho de escrever estes breves parágrafos porque observo que as pessoas que fazem isto não são gente sem cultura. São pessoas bem vestidas, usando tênis caros e limpos, com animais bem tratados e tosados em petshops, gente das redondezas do próprio Canalete, sabidamente uma das mais caras da cidade. É inaceitável que qualquer pessoa, de qualquer condição social-econômica faça isto, mas ver as pessoas sujando o próprio lugar onde moram é feio demais.

Neste final de semana, mudo de Rio Grande para minha cidade natal - e com grande pesar. Realmente, esta cidade maravilhosa deixou marcas em minha história e me sinto meio catarinense e meio riograndino, já que fui tão bem recebido pelas pessoas desta cidade. Aqui, deixo uma empresa de sucesso, que exporta talentos para outras regiões do estado e do país e gostaria de deixar uma outra marca: que esta breve missiva trouxesse um pouco de consciência aos donos de cachorros. Não custa nada sair de casa com uma ou duas sacolinhas de plástico para recolher os excrementos de seus animais de estimação para, logo em seguida, depositar em uma das inúmeras lixeiras à disposição da comunidade. É mera questão de capricho, respeito pelos outros transeuntes e demonstração de civilidade.

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