segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Fraqueza

Eu não gosto de continuações de filme, normalmente. Isto porque existe aquela máxima de que “o dois nunca é igual ao um”, mas é claro que há exceções e são muitas. Os “Star Wars”, a trilogia “Senhor dos Anéis” e muitos outros.

Há algum tempo, me chamou a atenção o filme “Rocky”, continuação do clássico dos anos 80/90. Em determinado momento, o filho de Rocky Balboa vai ao restaurante do pai e começam uma discussão, porque o jovem não gosta de ser “o filho de Rocky Balboa”, mas gostaria de ter identidade própria.



O pai, lutador aposentado prestes a aceitar o desafio de um lutador muito mais jovem, dá um discurso que, na minha opinião nada confiável, foi o ponto alto do filme: “ (...)But it ain’t about how hard you hit. It’s about how hard you can get hit and keep moving forward.” – Algo como “Não importa na vida o quão forte tu bates, mas o quanto tu agüentas. O quanto tu consegues apanhar, levantar e continuar caminhando...”, numa tradução livre.

E é bem por aí mesmo!

Sou um indignado com gente que fica pondo a culpa nos outros pelas misérias que a si mesmo afligem, ou pelas misérias que a maré do mar da vida jogou na praia deles – exatamente como acontece com todo mundo debaixo do Sol – e ficam choramingando, lamentando, pondo a culpa em Deus, nos pais, na família, na sociedade, ao invés de levantarem a cabeça e mostrarem seu valor.

Já vi muitos exemplos assim na vida. Dos dois lados. Já vi gente que sofreu danos aparentemente irreparáveis e deu a volta por cima e gente que levou pancadas sérias e azedou, como um bom vinho que com o passar do tempo vira vinagre.

Fico olhando a minha história, vendo as pessoas que passaram e estão passando por ela e vejo que não conheço até agora uma só pessoa que tenha assumido uma postura de culpar os outros pelos seus fracassos e seja feliz. Uma só!

Normalmente, as pessoas que fazem péssimas escolhas e culpam os outros, entram num círculo vicioso quase impossível de ser quebrado. Se acostumam a ter sempre alguém para quem apontar o dedo, não se corrigem, não admitem seus defeitos. Isto gera mais problemas e a necessidade de achar novos culpados...

Para estas pessoas, as bênçãos não tem brilho, os momentos gostosos da vida não têm sabor e as relações com amigos vão se escasseando, rareando, até desaparecerem e a infelicidade faz a pessoa definhar.

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