terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ódio a um certo veículo de alcance nacional



Outro dia, o professor da cadeira de Língua Portuguesa para Comunicação (fico pensando em qual língua portuguesa não seria para tal finalidade) propôs uma atividade na qual teríamos que analisar uma matéria da revista Veja e, em seguida, respondermos alguns exercícios.

Até aí, tudo normal.

Ao perceber qual era a matéria sobre a qual teríamos que escrever, deparei-me com um disparate sem tamanho, algo que me agrediu os olhos e o intelecto. A matéria principal da revista era sobre a capacidade de expressão de um grupo seleto de pessoas: os candidatos e candidatas à Presidência da República.

Tomaram por amostra o desempenho dos candidatos durante o primeiro debate, que ocorreu na Rede Bandeirantes.

Deus! Misericórdia!

Um dos principais veículos de mídia impressa no país, ao invés de abordar os problemas de propostas, de decência, dignidade, transparência e demais quesitos de interesse público, preferiram analisar em uma matéria de quatro páginas (com gráficos, charges, exemplos...) se aquelas pessoas – que decidirão sobre os rumos, a vida e a morte de milhões de pessoas – falam bem ou mal, se usam o idioma natal com precisão ou não.

Fico pensando se foi para mascarar a pífia, ridícula participação de José Serra, seu protegido ou se foi para, simplesmente, encher lingüiça.

Se são de extrema direita, conservadores e tapadores de sol com a peneira, problema deles. Vivemos em um país democrático e a diversidade de idéias e opiniões é perfeitamente aceitável e até desejável. Mas, então, que se assumam como tal. Que se assumam de direita. Façam como publicações de esquerda (Carta Capital, Caros Amigos, por exemplo) e deixem evidente para o (e)leitor qual sua posição.

Já faz algum tempo que eu tenho nojo da revista Veja. Agora, sem sombra de dúvida, meu asco aumentou.

Dê-se por cancelada minha assinatura deste veículo.

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